CUIDADOS COM A SAÚDE NO CARNAVAL

Matéria da Folha PE Saúde não deve ser esquecida JÚLIA VERAS É nessa época festiva que a população parece esquecer de cuidados diários com a saúde, e ainda mais, nos dias de folia. Há cuidados que são essenciais no período momesco, especialmente com os beijos de amores no período carnavalesc0. Aglomerados de pessoas facilitam a proliferação de vírus e bactérias que podem causar sérios danos à saúde do folião, que costumam passar o dia inteiro na rua, gastando energias, ficando mais vulneráveis a algumas doenças. Seguir blocos durante o dia inteiro é algo comum para o carnavalesco pernambucano, por exemplo. Entretanto, esse atividade requer um certo zelo por parte de quem brinca. Cerca de 30% das doenças de pele são ocasionadas por situações comuns do Carnaval. Há certos contatos físicos que podem provocar sarnas, pano branco e até piolho entre os brincantes. Exposta ao sol, a pele deve ser protegida com filtro solar com fator entre 20 e 30, segundo o dermatologista Hertz Poggi. Ele também alerta para o tipo de pigmentação das roupas e fantasias.’ “É necessário que haja um cuidado redobrado com crianças, que têm a pele mais frágil e sensível. Os corantes dos tecidos podem irritar a pele”, explica. Ele lembra ainda que em caso de reações alérgicas ou químicas, as pessoas não devem se automedicar, e sim, procurar o prontoatendimento de emergência mais próximo. O desgaste físico deixa a pessoa com imunidade baixa a o corpo aberto para as mais variadas doenças, que podem ir de uma simples gripe a uma infecção generalizada. O fisioterapeuta Roberto Junior conta que para manter o corpo firme nos dias de festa é preciso que antes de sair de casa o folião alongue no corpo inteiro. “Alongamentos musculares nos membros inferiores e superiores, do tronco à coluna, podem evitar lesões durante a brincadeira de rua, que exige um ritmo maior da maioria das pessoas”, comenta. A má alimentação é a causa de muitas patologias e infecções. A água continua tendo grande importância para manter o corpo em pé atrás das orquestras de frevo. A nutricionista Leda Oliveira aconselha a ingestão de um café da manhã saudável com frutas, suco e queijo branco. Comprar alimentos a vendedores ambulantes pode não ser uma boa ideia, de acordo com Roberta Costi, que também é nutricionista e aposta na busca dos industrializados, no caso de compra de comidas no meio da rua. O cirurgião dentista Geovane Tenório explica que as bebidas alcoólicas e os alimentos gordurosos causam um mau hálito temporário, comum nesse período. Por isso, mais uma vez, a água mineral é um ótimo paliativo para que a mucosa bucal seja hidratada. Herpes e sífilis são algumas das doenças que podem ser transmitidas através do beijo. “Feridas abertas na boca devem ser levadas a sério e se houver contaminação sem tratamento, a pessoa pode ficar cega ou ter problemas mentais”, conta Geovane. A mononucleose é outra doença bastante comum durante esse período festivo. Muitos pensam estar com uma forte gripe, mas na realidade a mononucleose é uma infecção por bactérias ou vírus na garganta que pode gerar uma outra infecção generalizada se não tratada corretamente. O médico aconselha que cada folião leve um kit de higienização bucal para a folia. Quem toma esse cuidado no período carnavalesco é a estudante Heloína Paiva, 21. Ela garante levar sua escova de dente, creme dental e outros apetrechos básicos para sua higiene pessoal. “Se todos fizessem isso, seria o mínimo para evitarmos transmissão de doenças no Carnaval”, falou Heloína.

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